segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Flâneur: é um ser ''vagabundo'', que anda pelas ruas sem um objetivo explicito, mas que está secretamente em harmonia com a sua história. Dedica seu tempo a “perambular” pelas cidades, observando o que acontece a sua volta, com o objetivo de captar algo de mais perene no cenário urbano. "Flanar é ser vagabundo e refletir, é ser basbaque e contemplar, ter o vírus da observação ligado ao da vadiagem. É ter a distinção de perambular com inteligência” João do Rio.

Parkour: arte do deslocamento. É uma atividade cujo princípio é mover-se de um ponto a outro o mais rápida e eficientemente possível, usando principalmente as habilidades do corpo humano. Criado para ajudar a superar obstáculos de qualquer natureza no ambiente circundante.

Deriva (do Situacionismo): técnica do andar sem rumo. Uma forma de passar de um lugar a outro, de uma casa a outra através de ambulações confiadas ao acaso. Ela se mistura à influência do cenário. Esta prática evoca o estudo do meio urbano e a apropriação deste através de proposições de situações urbanas.

Vik Muniz


Vik Muniz, artista brasileiro, trabalho reconhecido mundialmente. Sua obra consiste em criar imagens com materiais diversificados e depois fotografá-las, sendo o trabalho final a fotografia. Ele utiliza como matéria prima qualquer material, coisas que outras pessoas julgariam impossíveis de virarem uma obra de arte se tornam material de trabalho para o artista. O resto de comida no prato, a calda de chocolate, brinquedos de criança, sucatas velhas viram lindas fotografias.
Sua exposição no Museu Inimá de Paula traz obras bastante diversificadas o que mostra bem o trabalho do artista. Muitas obras de Vik são inspiradas em trabalhos de outros artistas, mas Vik faz uma leitura diferente. “A cópia de uma cópia é sempre um original”. A série “arame”, vista de longe, é fácil de ser confundida com um desenho a lápis, as obras feitas de açúcar parecem fotos reais, o trabalho feito com calda de chocolate encanta pelo brilho e pela delicadeza. É incrível a habilidade e a agilidade do artista com os diferentes materiais. Algumas obras são tão grandes e tão trabalhadas que só é possível de se entender a figura se observamos de longe e atentamente.
A exposição é muito bem montada e estruturada, mas achei que a má iluminação atrapalhou na observação dos quadros. Os reflexos muitas fezes se confundiam com a fotografia. Acho também que seria interessante terem colocado as dimensões reais do trabalho nos quadros, que muitas vezes são gigantescas e certas vezes bem pequenas, valorizaria ainda mais o trabalho do artista.